As campanhas de saúde para combater a obesidade tendem a
se concentrar na importância de uma dieta saudável e da prática de
exercícios físicos. Mas a esta equação também devem ser somadas boas
noites de sono. Pesquisas recentes mostram que comer menos e de forma
mais saudável, além de se exercitar diariamente, tem pouco resultado na
redução dos níveis de obesidade.
Talvez, a razão por trás disso possa ser encontrada em
vários estudos que mostram que poucas horas de sono podem estar
associadas à obesidade em adultos e crianças. E é mais do que
coincidência o fato de que, nos últimos anos, as pessoas vêm dormindo
menos ao passo que tem aumentado o número de obesos.
Por meio de exames de ressonância magnética, cientistas
mostraram que a falta de sono afeta áreas do cérebro responsáveis pela
tomada de decisões complexas e a vontade de ter "recompensas", o que
pode levar a escolha por alimentos calóricos e com alto teor de gordura.
Maçã ou cupcake?
Noites mal dormidas também afetam os níveis dos hormônios da fome, provocando uma queda nos níveis de leptina, que regula o consumo de alimentos e sinaliza quando já comemos o bastante, e o aumento do nível de grelina, que estimula o apetite e produção de gordura.
As
pesquisas indicam que essas variações hormonais elevam em 24% a
sensação de fome, em 23% o apetite e em 33% a vontade consumir comidas
calóricas e gordurosas. Os levantamentos mostram ainda que as pessoas
que dormem pouco ficam ávidas para beliscar entre as refeições, temperar
demais os alimentos, comer menos legumes e verduras e mais junk food.
Afinal de contas, quando está com sono, o que você prefere: uma maçã ou
um cupcake?
A campanha pelo "coma menos, mova-se mais" não terá
muitas chances de sucesso se não for combinada a orientações para que as
pessoas durmam mais.
http://saude.terra.com.br/dormir-e-chave-para-combater-a-obesidade-entenda,01ec1f7c89d51410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
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