sábado, 31 de janeiro de 2009



Como vencer a compulsão


Precisamos partir do princípio de quem controla a comida somos nós e não ela.


Algo errado nessa frase???


É imprescindível poder identificar e escolher , o não pode comer, do que não se quer comer?


Pergunto por que quando pensamos emagrecimento, o primeiro pensamento que ocorre é o de: Não vou poder comer chocolate... Que pensamento desesperador esse não?


A grande questão não é deixar de comer o que se gosta, e sim, poder comer um pouco do que se gosta, por exemplo, um bombom.


Isso é o que chamamos de satisfação, e comportamento de se comer a caixa toda é compulsão.


O segredo é criar consciência do porque está comendo; se está com fome, se é só para acompanhar alguém, ou porque está descontando emoções na comida... E se perguntar sempre, o porquê está comendo.


Diante dessas questões, claro, o único caso que deve ser resolvido com comida é a fome. Se estiver triste, chore; se está ansiosa, tome um banho, relaxe, respire fundo; O importante é vivenciar as emoções e resolver cada uma delas com a solução mais adequada.


A partir daí você vai começar a perceber a diferença entre fome-física e fome-emocional e vencer a compulsão. Essa percepção e o reconhecimento das duas situações distintas abrem seu leque de opções, te dando instrumentos para lidar melhor com essas situações.


É você quem vai decidir se come ou não come, é você que tem que ter o controle sobre essa situação.

O que fazer...

- faça um diário alimentar, o deixe sempre perto de você. Ele tem uma função de registrar e deixar concreto o que se come.

- procure um profissional para lhe passar uma dieta equilibrada, pois a alimentação restritiva, só vai contribuir para ter novas crises de compulsão.

- o fato de começar a fazer uma reeducação alimentar, não quer dizer que nunca mais poderá comer seus alimentos preferidos, e sim, vai restringí-los um pouco, para que se cortem os excessos. Muitas pessoas querem comer tudo de uma vez, como se fosse a única vez que poderiam ver aquele alimento a sua frente.

- temos que comer para nos nutrir, é uma questão de sobrevivência. Após comer o que seria necessário para esta finalidade, devemos no levantar da mesa e procurar outras formas de satisfação, como um bom banho relaxante, sair para dançar, caminhar, ler um livro, visitar alguém que estima, e se houver questões mal resolvidas, procurar um auxílio para este fato. Assim, a comida vai ocupar o seu devido lugar.

- quando perceber que perdeu o controle sobre sua alimentação, ao invés de jogar tudo para o alto e comer ainda mais, lembre-se de que é uma pessoa humana, que como todas nós, tem deslizes, caímos, e pode levantar e prosseguir em diante, recomeçando novamente sua reeducação.

- lembre-se de seguir a orientação da nutricionista, de comer com intervalos de três em três horas. Esse processo evita novas crises de compulsão, alem de manter seu metabolismo ativo.

- após um dia estressante, passe longe da cozinha. Primeiro faça um alongamento, beba um bom copo de água e vá tomar um banho. Assim, vai estar mais calma e preparar com mais cuidado sua refeição.

- sente-se e faça suas refeições com calma. Converse com os familiares, troque informações, afeto. A comida é somente um ritual necessário. Lembre-se disso!

O mais importante, é que após tomar todas as medidas necessárias para perder peso, mesmo assim não conseguir emagrecer por não manter as orientações, é procurar um Psicólogo para poder compartilhar e solucionar, daquilo que não está determinado somente na necessidade orgânica de se alimentar, ou melhor, trabalhar o porquê está precisando se alimentar de comida e não de afeto, de carinho, de alegrias, de realizações.

O foco é identificar o que em você não está sendo bem canalizado, preenchido, que a comida está tendo que tapar...

Luciana Kotaka
Psicóloga Clínica – CRP-08/06502-1
Curitiba - PR

domingo, 25 de janeiro de 2009





Fome Noturna


Existe uma forma de alteração de comportamento que chamamos de fome noturna. Um comportamento que leva a pessoa a um aumento de peso significativo. Não existe nessa situação nenhuma relação com a parte endócrina, nenhuma disfunção hormonal .



Os comedores noturnos, devem procurar analisar o que está errado em sua alimentação, do porque está sentindo fome no meio da noite .



A grande maioria da vezes, esse comportamento aparece em função de uma dieta mal equilibrada, pois as pessoas seguem uma dieta muito restritiva durante o dia, e acaba por gerar ciclos de compulsão a noite, não conseguindo se controlar , acordando no meio da noite com uma fominha incômoda.



Nesses episódios, a pessoa tende a comer o que encontrar pela frente, quando abre a geladeira como comidas geladas, pão, doces, bolachas... e tudo o que não for light, e o pior, sempre em quantidade exagerada.



Assim, a pessoa vai para a cama , e o corpo em repouso não irá queimar calorias, o organismo funcionando em forma mais lentificada, o que facilitará o acúmulo de gordura no corpo, e quando a pessoa acorda, sente-se culpada, e essa culpa faz com que ela se prive novamente durante o dia, e assim um novo processo vicioso se inicia.



Como as outras pessoas da casa estão dormindo e, não verão que ela está comendo, pensarão que você é uma coitada que não come e não emagrece ! O melhor se tem esse comportamento, é que tem a fazer é procurar um um terapeuta especializado em transtornos alimentares e uma nutricionista.



Faça uma alimentação equilibrada durante o dia, reveja seus hábitos alimentares, coma a cada três horas, não pule refeições , coma devagar e com variedade e qualidade.



Procure cuidar de suas emoções, faça uma terapia, para que não utilize a comida como forma de compensação. Existem muitas emoções e ou situações, que servem como disparador de um ciclo compulsivo.



Evite tomar café ou mesmo fazer exercícios físicos em excesso a noite , pois pode dificultar seu sono, aumentando a possibilidade de uma visita noturna na cozinha.



De forma alguma se automedique , não utilize diuréticos , laxantes ou mesmo moderadores de apetite sem consultar um médico, como forma de amenizar a culpa de ter atacado a geladeira.



A mudança de comportamento é imprencindível nesse processo, e se você despertou e não consegue voltar a dormir, leia um livro, ouça uma música relaxante, tome um banho quente .



Quando fazemos uma Reeducação Alimentar e Reeducação Afetiva, podemos visualizar um processo efetivo tanto para o descobtrole alimentar, quanto em relação a uma postura de vida saudável e equilibrada.



Luciana Kotaka
Psicóloga Clínica CRP-08/06502-1
Clínica em Emagrecimento e Manutenção de Peso
Transtornos Alimentares
Curitiba PR




quinta-feira, 22 de janeiro de 2009




Anorexia e Bulimia em homens



Vem aumentando muito os transtornos alimentares no sexo masculino , a anorexia nervosa e bulimia nervosa .Os homens estão sendo cada vez mais afetados por essas doenças, que comprometem a percepção da forma corporal e do peso ,levando as pessoas a uma privação expontânea da alimentação e a provocar o vômito.

A Anorexia Nervosa é diagnosticada quando ocorre a privação da alimentação, pelo por um medo mórbido de engordar e pela busca incessante de ficar magro, que foge ao padrão do peso saudável.

Sintomas: níveis mais baixos de testosterona, o que causa diminuição do apetite e da atividade sexual. Quando estão seriamente abaixo do peso, muitos pacientes também manifestam sintomas depressivos, retraimento social, irritabilidade e insônia.

Como tratar: freqüentemente é necessária a internação, pois a pessoa se encontra fraca e desnutrida e, como ainda se vê gorda,continua sem vontade de comer.

A Bulimia consiste em se comer grandes quantidades de alimentos de forma descontrolada e provocar o vômito , além do uso de laxantes e diuréticos em excesso por pelo menos duas vezes na semana, durante três meses.

Sintomas: há obsessão pelo corpo perfeito, por dietas e exercícios. Também pode provocar dores musculares e cãibras, inflamação na garganta, cáries nos dentes, desidratação, desnutrição, fraqueza, desmaios, vômitos com sangue e rosto inchado por inflamação das glândulas salivares.

Como tratar: O tratamento consiste em uma equipe multidisciplinar, visto a necessidade no caso da anorexia, de ganho de peso , e na bulimia uma restruturação da sua dieta (nutricionista), o resgate da imagem corporal e reestruturação de vida (psicólogo) e também o psiquiatra que vai ficar na patologia em si.
Luciana Kotaka
Psicóloga Clínica
Curitiba -PR

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009



Serei magra ?


É muito interessante observar a reação das pessoas em relação a perda de peso. Buscam normalmente soluções rápidas e práticas, não querendo perder tempo para avaliar os fatores que desencadeiam o ganho de peso.




Mágica! Muito bem! Vou tentar essa nova dieta, quem sabe essa dá certo...
Em busca dessas soluções mágicas, nos eximimos da responsabilidade, em relação a nossa ingesta alimentar, como se a comida fosse a grande vilã nesse processo chamado obesidade e não a forma que a utilizamos de fato.




É certo que nossas emoções podem ter um efeito destrutivo quando não a canalizamos de forma assertiva. Observo que a raiva, tristeza, frustração, cansaço, estresse,tudo o que acontece a nossa volta, acaba desencadeando o abuso alimentar.




Através do um processo terapêutico, iremos instrumentalizar o paciente para aprender a lidar com esses sentimentos que interferem na sua rotina diária .




Com a construção de um comportamento magro, se adquiri um controle sobre a ingesta alimentar, podendo identificar o que agrada nosso paladar, se o alimento é crocante, macio, cremoso, e ainda como distribuir nas refeições os alimentos que apreciamos que são mais calóricos, como o chocolate, sem que ele seja o grande vilão do sobrepeso e obesidade.




Nesse processo não há restrição desses alimentos, e sim ferramentas que auxiliam na distribuição dos alimentos, de forma qualitativa e fracionada.



Pois comer é para toda vida, e lembrem-se que não poderemos viver de dieta sempre.




Luciana Kotaka
Psicóloga Clínica - CRP-08/06502-1
Curitiba-PR



domingo, 11 de janeiro de 2009




Manias excessivas podem revelar TOC

Divulgação


Todas as pessoas têm alguma mania. Seja lavar as mãos, limpar os ambientes, verificar as janelas antes de sair de casa, organizar o guarda-roupa por cores ou os armários da cozinha por tamanho dos potes. Quem nunca se pegou fazendo isso?



Porém, a psicóloga Luciana Kotaka alerta que quando esses comportamentos se tornam excessivos, interferem na vida da pessoa e causam sensação de aflição, se estabelece um quadro de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo). “O TOC é uma doença onde o indivíduo apresenta obsessões e compulsões, ou seja, sofre de idéias e comportamentos que podem parecer absurdas e ridículas para a própria pessoa e para os outros, mas mesmo assim são incontroláveis, repetitivas e persistentes”, explicou.


Luciana comentou que existem vários estudos sobre a origem do TOC e ainda não se sabe ao certo quais as causas desse problema. Algumas pesquisas indicam fatores biológicos, como traumas, infecções cerebrais, lesões e disfunções no funcionamento do cérebro. Além disso, acredita-se na influência de fatores emocionais e educativos, principalmente entre famílias com um nível de exigência muito elevada e acentuada.


“São vários os problemas que o TOC desencadeia, pois a obsessão em seguir os rituais acaba limitando seu tempo. A pessoa fica horas fazendo a mesma coisa, o que interfere na qualidade do trabalho desenvolvido e nas relações familiares”, apontou.


Quanto ao tratamento da doença, Luciana explicou que, em grande parte dos pacientes, é possível eliminar totalmente os sintomas, mas, em alguns, o resultado é limitado. “O trabalho deve ser em equipe, com a utilização de medicamentos, associada a um processo de psicoterapia, para que o paciente possa resgatar o controle sobre seus pensamentos e ações, retornar ao trabalho e restabelecer vínculos familiares”, concluiu.



Matéria - Notícias do Paraná 16/12/2008
Luciana Kotaka - Psicóloga Clínica - CRP - 08/06502-1

Complementando.....
Em função de uma pergunta de nossa amiga blogueira a Sofia, resolvi complemetar o texto que coloquei no blog, fazendo a relação do TOC com a alimentação, só a nível de informação mesmo.
Alguns autores têm, sabiamente, proposto a inclusão da Compulsão Alimentar Periódica dentro do espectro obcessivo compulsivo.
Aqui o sintoma chave seria a preocupação persistente sobre o peso, o desejo de comer em excesso ocorreria de maneira incontrolável e egodistônica, causando absoluta desaprovação e angústia no paciente, tal como acontece Transtorno Obcessivo Compulsivo .
Com esse raciocínio, o episódio de compulsão alimentar corresponderia ao ato compulsivo do TOC.
Espero que esteja claro a relação dos transtornos alimentares e o TOC.
Luciana Kotaka
Curitiba - PR

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009




Vejam como nossas ações contaminam as pessoas que nos cercam.

Se cada uma de nós espalhar amor, paz, tolerância, tranquilidade, caridade, vai se estabelecendo um frequência positiva, vamos fortalecendo e disseminando comportamentos mais humanos.

Esse processo também faz parte do Emagrecimento, pois nossa parte espiritual, também deve estar em equilíbrio, temos que ter algo maior nos guiando, para que possamos
ficar em paz !

Um grande abraço

Luciana Kotaka

domingo, 4 de janeiro de 2009


Um novo ano, uma nova etapa a ser modificada!!!




Um texto muito interessante para auxiliar no início de toda "Educação Alimentar" necessária para alcançar um corpo saudável e equilibrado.


A correria do dia-a-dia faz com que muitas pessoas se acostumem a ficar várias horas sem se alimentar.


Dificuldades para isso estão longe de existir, pois “felizmente ou infelizmente”, o nosso corpo se adapta facilmente a essa situação.


As pessoas que prolongam muito o tempo entre uma refeição e outra submetem o corpo inconscientemente a economizar energia.


O metabolismo passa a ficar mais lento, pois o corpo não sabe quando será a próxima refeição. Com isso, a dificuldade de controlar o apetite é inevitável.

Poucas refeições feitas no decorrer do dia refletem em refeições sobrecarregadas em quantidade e calorias, que proporcionam um desequilíbrio para a saúde e muitas vezes um ganho de peso desnecessário.


A mastigação, a função digestiva e o equilíbrio do peso passam a estar prejudicados em situações como esta.


Aquela falsa idéia de que “quanto mais tempo ficar sem comer mais rápido emagrecerá” é uma agressão para o corpo.


Cientificamente se tem comprovado que refeições fracionadas de 3 em 3 horas estimulam o metabolismo a gastar energia com o processo de digestão e absorção; evitam o consumo excessivo de alimentos nas próximas refeições; não sobrecarregam a função digestiva exigindo uma maior produção dos sucos digestivos além de facilitar a mastigação que se feita da forma correta também é um fator a mais para o aumento da saciedade.


Comer mais vezes no decorrer do dia não significa comer mais do que o necessário. O fracionamento das refeições deve buscar a presença de produtos saudáveis e diversificar o consumo, controlando as quantidades.


Frutas, iogurtes, barrinhas de cereais, barrinhas de frutas, cereais integrais são excelentes escolhas para se intercalar entre as refeições principais. As refeições do decorrer do dia devem garantir todo o equilíbrio nutritivo que se prega no Guia Alimentar da Pirâmide dos alimentos.


As opções são inúmeras. O que falta para as pessoas é se organizar para este consumo tão simples e necessário para a saúde.

Não espere ter fome para comer.
Se programe.

No começo pode parecer difícil, mas como já comentado o nosso corpo se adapta a qualquer situação que oferecemos a ele. Portanto, dar o primeiro passo e ver o resultado disso, depende da atitude e paciência de cada um.

Dra. Ana Flávia Pinheiro - Nutricionista – CRN1004