Segundo pesquisa norte-americana, situação é ainda pior porque entusiasmo de amigos, familiares e até de médicos com a diminuição dos quilos extras encoberta real situação
Transtornos alimentares podem causar efeitos colaterais diversos até complicações ainda mais sérias e fatais
Quando os adolescentes obesos resolvem perder peso, familiares e amigos
costumam avaliar o ato de forma positiva, não apenas por questões
estéticas, mas para uma melhor da saúde. No entanto, pesquisa publicada
na revista “Pediatrics” sugere que jovens com sobrepeso que perdem
quilos têm risco de desenvolverem anorexia ou bulimia nervosa. Para
completar o cenário, as reações positivas ao redor, incluindo de
profissionais da área médica, podem contribuir para que esses
transtornos não sejam detectados rapidamente.
No segundo caso, a mãe da garota mostrou-se preocupada com os novos hábitos alimentares radicais da filha, mas os médicos negligenciaram suas preocupações, relatando que sintomas como falta de menstruação e tonturas poderiam ser causadas por desidratação ou síndrome dos ovários policísticos.
De acordo com o médico Leslie Sim, especialista em distúrbios de alimentação da Mayo Clinic, organização sem fins lucrativos da área de serviços médicos e de pesquisas médico-hospitalares que conduziu o estudo, descobrir os transtornos precocemente é fundamental para maior chance de recuperação. Ainda segundo ele, ao menos 6% dos adolescentes possuem algum transtorno alimentar, e mais de 55 % das meninas do ensino médio e 30 % dos meninos da pesquisa relataram hábitos alimentares desordenados na tentativa de perder quilinhos, como jejum, vômitos, ou compulsão alimentar.
Quando não diagnosticado, os transtornos alimentares podem causar efeitos colaterais diversos até complicações ainda mais sérias e fatais, explicou Sim. Por fim, os autores reforçam, na pesquisa, que médicos devem ficar alertas para qualquer perda de peso em crianças e adolescentes.
http://www.otempo.com.br/interessa/sa%C3%BAde-e-ci%C3%AAncia/adolescentes-obesos-que-perdem-peso-podem-desenvolver-transtornos-alimentares-1.712412
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