Por Rebecca Nogueira Cesar
Algumas dicas ajudam a controlar a vontade compulsiva
de comer doces
Foto: Danilo Borges
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Quem nunca fugiu da dieta e devorou um doce, que atire a primeira pedra...
Para muitas – se não a maioria – das mulheres, é difícil resistir a uma sobremesa. Isso sem falar que durante a tarde, é quase impossível abrir mão de um docinho, de um chocolate ou uma bolacha recheada.
Apesar desses hábitos serem comuns entre as mulheres, não são nada saudáveis! Isso porque o açúcar, presente nesses docinhos, é um carboidrato refinado, e pode causar uma série de problemas de saúde, como diabete, arteriosclerose, obesidade, aumento do ácido úrico sérico e cálculos biliares.
O consumo exagerado de doces aumenta a produção de insulina do corpo, o que sobrecarrega o pâncreas e fragiliza o organismo. “O açúcar é composto por sacarose e outras substâncias químicas. Dependendo da quantidade e frequência a ser consumida, pode causar muitos prejuízos à saúde”, explica o nutrólogo André Veinert, da Clínica Healthme Gerenciamento de Perda de Algumas alterações no organismo, como a diminuição da serotonina (que é um neurotransmissor regulador do humor, prazer, sono, ansiedade, fome e saciedade) podem influenciar na vontade de comer doces, pois alteram todos esses sentimentos e emoções. “A queda desse neurotransmissor aumenta a vontade e a necessidade de comer doce, principalmente o chocolate”, explica Veinert.
Apesar do chocolate ser apontado como o grande vilão das dietas, na verdade ele possui propriedades que, se consumido com moderação, fazem bem ao corpo. Rico em vitaminas e flavonóiodes, o cacau age como protetor vascular. Porém, o chocolate é rico em açúcar e gordura saturada, por isso a necessidade de consumir em poucas quantidades. A versão diet também não é indicada pois, apesar de conter baixo teor de açúcar, possui maior concentração de gordura e alto valor calórico. “Uma alternativa é recorrer aos chocolates meio amargo ou amargos, aqueles conhecidos como cacau 50% até 90%”, ensina o nutrólogo.
É importante fazer as três refeições principais diariamente, além de duas pequenas nos intervalos, para ajudar a controlar os níveis glicêmicos, o que diminui a fome. Se alimentar corretamente ajuda a diminuir o desejo por doces depois do almoço ou jantar.
6 dicas para controlar a vontade de comer doces
1- Reduzir o consumo de doces – Caso a vontade de doces seja muito grande, não é recomendável parar drasticamente, mas sim ir reduzindo aos poucos. “A parada repentina geralmente dura alguns dias e, muitas vezes, a pessoa sofre com um efeito rebote, abusando mais ainda dos doces”, explica André.
2 – Trocar os doces por opções menos calóricas – troque os doces por frutas in natura ou frutas secas. Uma alternativa boa é a gelatina light com pedaços de frutas ou frutas com iogurt light. Outra saída, para os dias mais quentes, sãos os frozen iogurtes que, além de refrescantes, possuem cerca de 80kcal. Já para os dias mais frios, frutas como maçã, pêra ou banana podem ser cozidas em micro ondas com canela e cravo.
3- Controlar o emocional – Se necessário, busque ajuda para isso. O importante é não usar o doce como válvula de escape dos problemas. “Também não o elimine totalmente da dieta enquanto não buscar um suporte emocional e, sobretudo, nutricional adequado”, aconselha o nutrólogo.
4- Manter os doces longe – Resista à tentação e não carregue doces na bolsa e nem deixe no armário. Saber que estão por perto, só aumenta a vontade de comê-las. E não passe o dia chupando balas e outras guloseimas, pois, se somadas, as calorias também podem aumentar muito.
5- Consumir alimentos certos – Dê preferência para o consumo de aveia, banana, maçã, canela, grãos em geral e castanha do Pará. Esses alimentos devem ser incluídos nas refeições, pois ajudam a controlar a necessidade de consumir doces
6- Praticar atividades físicas regularmente – Os exercícios ajudam a resistir aos doces. As atividades físicas liberam substâncias no cérebro que dão a sensação de prazer, ajudam a melhorar o humor e diminuem a ansiedade e a vontade de doces. Essa prática também melhora a qualidade de vida e a capacidade cardiovascular.
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