Os refrigerantes são encarados como vilões da saúde, mas
os sucos industrializados não ficam atrás. De acordo com especialistas
australianos, os sucos de maçã são tão açucarados quanto os
refrigerantes, o que pode levar ao aumento de peso. Os dados são do
jornal The Sidney Morning Herald.
Fairfax Media comparou a
quantidade de açúcar e carboidratos dos sucos e refrigerantes e
encontrou números parecidos. A nutricionista Rosemary Stanton disse que,
quando você remove a fibra do suco de maçã, ele se torna pouco mais do
que um xarope de açúcar. E acrescentou que os consumidores estão
ingerindo até cinco maçãs grandes dentro de uma garrafa de suco. “Você
nunca poderia tomar tanto açúcar naturalmente”, disse.
“Esse é
o equívoco que as pessoas pensam: 'é bom para mim’. Prefiro que beba
água e coma a fruta”, finalizou Kellie Bilinski, porta-voz da Associação
de Nutricionistas da Austrália.
Tracey McLaughhlin realizou a redução de estômago com 120 kg e não consegue parar de perder peso mesmo com alimentação calórica
Antes da cirurgia, Tracey pesava 120 kg distribuídos em 1,46 m
Foto: Reprodução
Algumas pessoas sonham com uma silhueta mais fina, mas
emagrecer às vezes virar um pesadelo. É o caso de Tracey McLaughhlin, de
51 anos, que fez a redução de estômago em dezembro de 2010, pesando 120
kg distribuídos em 1,46 m. Na época, ela estava tão acima do peso que
só se locomovia com cadeira de rodas por conta de uma artrite. As
informações são do Daily Mail.
Tracey decidiu fazer a cirurgia quando foi informada
pelos médicos que sua saúde estava em perigo. Mãe de dois filhos, ela
perdeu 65 kg em um ano e se sentiu satisfeita com o novo corpo. O
problema é que, mesmo após conseguir o peso ideal, ela continuou a
emagrecer de forma rápida, e hoje pesa apenas 35 kg, com um IMC (Índice
de massa corpórea) 16 – a faixa saudável é entre 18,5 e 25.
“A cirurgia de estômago foi o maior erro da minha vida.
Embora eu tivesse problemas de saúde, eu estava feliz em ser grande.
Agora passo os dias vendo televisão e não posso sair sozinha”, lamentou
ela, que usa roupas para crianças de 10 anos. Tracey tenta comer
alimentos calóricos, como sanduíches, bacon, comida chinesa e biscoitos,
mas isso não resolve o problema.
Os médicos ainda tentam entender porque Tracey não
consegue parar de perder peso. Eles acreditam que o tecido da cicatriz
em seu estômago pode estar afetando as células que absorvem o alimento.
Ela começou a engordar aos 30 anos, quando começou a
ingerir muitas calorias comendo bolos, tortas, lanches e batatas fritas.
Apesar do peso extra, ela não se incomodava com o corpo. No entanto,
aos 40 anos, começou a ter problemas nas articulações, com artrite
incapacitante, que a deixaria em uma cadeira de rodas pelo resto da vida
caso não perdesse peso.
A
epidemia da obesidade não pode ser combatida com sucesso por meio de
debates sobre a dieta "ideal", mas por programas que ajudem os pacientes
a escolher sua dieta e cumpri-la, disseram os pesquisadores da
Universidade de Massachusetts Medical
School, em Worcester, e do Centro Médico da Universidade Rush, em
Chicago, em artigo publicado Journal of the American Medical
Association.
Os profissionais de saúde devem procurar métodos
para mudar o comportamento de seu paciente a fim de que ele mantenha a
dieta ao invés de incentivar o debate sobre a eficácia das dietas i"da
vez" ou de consumo de macronutrientes.
A pesquisa mostrou que o
conhecimento das metas e a adesão à dieta, por meio de hábitos
alimentares mais saudáveis e prática de atividade física foi mais
fortemente associado com a perda de peso e melhora nos resultados
relacionados com a doença. "Quanto mais alguém adere a uma dieta, o mais
bem sucedido que será", dizem os pesquisadores.
Na
semana que vem (de 3 a 6 de setembro) a Regina Tchelly, do Favela
Orgânica (rio de janeiro) dará oficinas em Curitiba sobre sua filosofia
para a alimentação, como o aproveitamento dos alimentos, o
não desperdício, as hortas caseiras e comunitárias...em cada oficina de 2
horas de duração ela fará 3 pratos.
Há tempo para a realização
de 9 oficinas e mesmo de jantar palestra ou almoço palestra, mas para
concretizar isso em tão pouco tempo, precisamos de ajuda - para realizar
o sonho da Regina de vir para cá de forma sustentável, divulgar seus
projetos, ideias e receitas... mas está super em cima da realização do
evento e só temos 3 oficinas confirmadas. Sendo que a terceira foi uma
iniciativa da Xixa Brotto com o Orlando do Oba gastronomia, eles
chamaram seus amigos e fecharam uma turma (de 15 a 20 pessoas).
O custo das oficinas é 45,00 por pessoa (que são repassados
integralmente para a Favela Orgânica). Os espaços onde serão realizadas
duas oficinas cobrarão 60,00 por pessoa para cobrir gastos de limpeza, divulgação etc.
Estou pensando em fazer uma oficina no meu ap, e em conseguir
patrocínio para a realização de uma oficina para alguma comunidade
carente. E estou pedindo ajuda pros amigos com ideias, contatos,
divulgação, participação, enfim, ajudem por favor, como puderem!
Embora ajude casais a se sentirem conectados 24
horas por dia, a ferramenta se torna um problema quando a relação
termina, segundo estudo. Dê sua opinião
Getty Images
Vigiar as atividades do ex na rede social prolonga o estresse do rompimento, segundo pesquisa
Usar a rede social para rastrear um ex pode impedir a
pessoa de esquecer o antigo relacionamento e seguir em frente. “As
pessoas que se envolveram em vigiar o ex-companheiro através do
Facebook, ou seja, aquelas que frequentemente entram na página do ex e
de seus amigos, informaram que houve um atraso na recuperação emocional
depois de um rompimento, se comparadas com quem realizava uma vigilância
menos frequente”, disse a autora do estudo Tara Marshall, do
departamento de psicologia da Brunel University’s School of Social
Sciences in Uxbridge, na Inglaterra.
“Elas relataram maior estresse relacionado ao rompimento,
mais sentimentos negativos em relação ao ex-parceiro, como ciúme e
hostilidade, mais desejo sexual pelo ex e menos crescimento pessoal”,
afirmou.
O Facebook, a maior rede social do mundo, tem mais de 900
milhões de usuários, Marshall observou. Pesquisas anteriores indicaram
que um terço deles usam o site para monitorar as atividades de
ex-parceiros.
Esta “amizade” contínua permite que ex-amantes mantenham
controle da vida do outro através de atualizações de status, mensagens
no mural e fotos. E, dependendo das configurações de privacidade, até
mesmo um ex que não esteja na lista de amigos pode ter acesso a
informações em posts públicos e em páginas de amigos em comum.
Desgosto maior
Para o estudo, publicado no início do mês no site do
jornal “Cyberpsychology, Behavior and Social Networking”, Marshall
convidou mais de 450 usuários do Facebook para completar uma pesquisa
on-line criada para avaliar estado emocional e padrões de uso do
Facebook após uma separação.
A maioria era composta por mulheres e 87% dos
entrevistados eram americanos. Quase dois terços estavam na faculdade e
um terço tinha completado o ensino médio. Embora quase metade fosse
formada por solteiros, todos tiveram pelo menos um rompimento com um
parceiro romântico que também mantinha uma conta no Facebook na época.
Baseada nas respostas, a pesquisadora estabeleceu a
ligação entre a vigilância contínua do ex pelo Facebook e a maior demora
na recuperação e no crescimento emocional da pessoa rejeitada. Isso não
acontecia com quem se mantinha desconectado. Quanto maior a espionagem
feita através do Facebook, maior o desgosto, resumiu a pesquisadora.
Opiniões contrárias
Entretanto, outros especialistas não estão convencidos
disso. Eli Finkel, professor associado de psicologia social da
Universidade Northwestern, em Illinois, nos Estados Unidos, disse que
estes resultados ainda não são suficientes para convencer alguém a
deletar a conta no Facebook.
“Para a autora do estudo, o uso contínuo do Facebook por
alguém que acaba de terminar um relacionamento faz a pessoa ficar ainda
mais angustiada, mas a pesquisa não prova isso”, disse ele.
“O que me
parece mais plausível é que, como já está especialmente perturbada por
causa do rompimento, a pessoa pode se tornar obsessiva e perseguir o ex
no ambiente virtual, tentando descobrir mais sobre ele no Facebook.”
“Ou pode ser que essa pessoa forme um ciclo vicioso: o
estresse do rompimento pode levá-la a procurar informações sobre o ex no
facebook e, depois de encontrar o que procura, ela fica ainda mais
angustiada”, Finkel acrescentou.
É possível que o Facebook não interfira na motivação para
perseguir um ex, “mas facilite essa tarefa", disse ele. “Mas não há
nada nesta pesquisa que comprove ou desminta nada disso.”
Jeffrey Hall, professor assistente de comunicação na
Universidade de Kansas, em Lawrence, nos Estados Unidos, concorda. “Eu
não acho que este estudo estabeleça que participar do Facebook torna um
rompimento mais problemático do que antes da rede social, quando as
pessoas que passavam por uma angústia pós-separação buscavam informações
sobre o ex com amigos e com os amigos dos amigos”, disse.
“Mesmo que o Facebook possa ser um mecanismo único para
vigiar alguém, isso não mostra que as nossas motivações para ir lá
buscar informações estejam especificamente relacionadas com a rede
social, ou que, uma vez lá, você se sinta ainda mais angustiado do que
já estava”, finaliza Hall.
Faça o teste - http://delas.ig.com.br/comportamento/separacaodivorcio/2012-09-29/o-facebook-pode-prolongar-a-dor-apos-uma-separacao.html
Que
"beleza não se põe na mesa", todo mundo já ouviu falar. Entretanto, que
preconceitos existem aos montes e constrangem muitas pessoas, também
sabemos muito bem! E quando se trata de corresponder ao modelo
(ilusório) de perfeição que "o mundo" nos cobra insistentemente, parece
que seriam raras as pessoas que nunca se sentiriam devendo em algum
quesito.
Atualmente, o foco da polêmica está sobre a "gordinha e virgem" da tal
novela das nove. Vários estereótipos unidos num mesmo cenário. Porque
incomodadas com as dificuldades que enfrentam nos relacionamentos, tanto
o personagem como muitas pessoas na vida real terminam acumulando uma
série de frustrações: baixa autoestima, insegurança, sentimento de
inadequação e rejeição, tristeza, solidão, falta de noção do quanto
podem se colocar nas situações cotidianas, entre tantas outras.
Mas se tudo isso é verdade, existe também o outro lado. Isto é, nem
todas as pessoas acima do peso ou que sustentam características que
fogem do padrão de beleza normatizado pelos meios de comunicação em
massa se sentem assim, como se não pudessem ocupar seu lugar no mundo.
Muitas, pelo contrário, estão bem satisfeitas com sua singularidade e
com quem são. Especialmente porque conseguem reconhecer que são bem mais
que um determinado padrão.
Qual a diferença entre elas? O que faz com que uma pessoa aceite ser
engessada em estereótipos e outras não? Por que algumas vestem a
carapuça de gordinha, magrela, negra, branquela, baixinha, "pau de vira
tripa", torto, narigudo, bocão, orelha, entre outros milhares de
apelidos pejorativos e que evidenciam alguma falta ou algum excesso do
ponto de vista da perfeição inexistente... enquanto outras simplesmente
dão de ombros para tais detalhes e vivem de bem com seus belos e ímpares
"defeitos"? Além disso, quantos de nós passaríamos ilesos pelo crivo da
perfeição absoluta?
Penso que a principal questão seja: com quem você se compara? Para quê?
Com que objetivo? Para se diminuir ou para trazer à tona o seu melhor?
Qual o seu padrão? Será mesmo que existe um padrão estático e que
precisa ser mantido a qualquer custo? Pra quem? Quem gosta de você,
gosta do que exatamente? Será que não são justamente seus aparentes
defeitos que sustentam suas mais incríveis qualidades? Será que você
seria tão especial se beirasse a tal perfeição que é, em última
instância, inconsistente, relativa e completamente insustentável?
Pois bem, que todo mundo quer ser bonito e estar de bem consigo mesmo, é
indiscutível. Mas convenhamos, já que é de novela que estamos falando, é
fácil refletir: pense na bela e perfeita atriz. Qualquer uma que você
considere linda. Lembre-se de um personagem que ela fez que era mau:
egoísta, mentiroso, perverso, dissimulado, interesseiro, violento etc..
Enfim, uma pessoa detestável. Agora, lembre-se de outra atriz que você
nem acha tão bonita. Em contrapartida, seu personagem era sincero,
amigo, honesto, bom, carinhoso, companheiro. Enfim, uma pessoa adorável.
Quem se tornou, ao longo da trama, mais encantador, mais belo, mais
"perfeito"?
Não é preciso ser mestre em estética para saber que o que sustenta a
beleza de uma pessoa está muito, muito além de seus traços, de suas
medidas e de seu peso. Tem a ver, sobretudo, com quem a pessoa acredita
que é. E de que modo ela se mostra ao mundo! A beleza começa sempre de
dentro para fora, por mais clichê que essa afirmação possa lhe soar.
As cantinas instaladas nas escolas de
ensino básico serão proibidas de vender bebidas com baixo teor
nutricional ou alimentos com quantidades elevadas de açúcar, de gordura
saturada, de gordura trans ou sódio. A decisão foi tomada ontem (14) no
Senado, mas ainda depende da aprovação dos deputados e do Palácio do
Planalto para valer como lei. Há quase oito anos, os parlamentares
discutem o projeto de lei que estabelece formas de garantir uma
alimentação mais saudável nas escolas.
Com a aprovação do texto final na
Comissão de Assuntos Sociais (CAS), a relatora do projeto, senadora
Angela Portela (PT- RR), destacou que a medida vai permitir que outros
alimentos sejam incluídos na lista de restrições pelas autoridades
sanitárias. A parlamentar lembrou que a atual legislação não tem sido
suficiente para garantir uma alimentação adequada nas escolas. “Os
estabelecimentos poderiam deixar de vender aqueles produtos apenas
quando necessitassem renovar seu alvará, voltando a vendê-los após terem
concluído esse trâmite”.
Angela Portela (PT- RR) disse que a
aprovação do projeto vai permitir que essas iniciativas ganhem mais
força e dimensão no país, já que definem normas gerais para esse
comércio. Segundo ela, a decisão vai “balizar, ampliar e uniformizar as
medidas governamentais a serem tomadas, notadamente sob o ponto de vista
sanitário: as restrições ao uso na merenda e a venda de determinados
produtos considerados não saudáveis em cantinas escolares, além de ações
de educação nutricional e sanitária”.
Em alguns estados, a restrição de venda
de determinados produtos alimentícios considerados não saudáveis já
vinha sendo adotada. Especialistas vêm alertando para as causas de
obesidade infantil e doenças crônicas não transmissíveis provocadas por
alimentação inadequada das crianças.
O projeto ainda precisa ser analisado e aprovado na Câmara dos Deputados.
Por Carolina Gonçalves, repórter da Agência Brasil. Edição: Valéria Aguiar
Adultos submetidos a varreduras cerebrais, após uma noite mal
dormida, revelaram tendência a fazer escolhas alimentares equivocadas,
muito calóricas ou empobrecidas em nutrientes, a chamada junk food.
Os
pesquisadores focaram seus estudos nas áreas do cérebro relacionadas à
tomada de decisão e recompensa. Tiraram fotos poderosas - usando
ressonância magnética funcional - de 23 adultos saudáveis, logo pela
manhã, em diferentes condições (noites bem ou mal dormidas). As noites
com e sem sono se deram no laboratório e foram todas monitoradas.
A
privação do sono causou mais atividade cerebral na amígdala, uma área
associada ao ato de comer. Também produziu menos atividade em regiões do
córtex frontal e do córtex insular, ambos associados com a avaliação e a
escolha dos itens alimentares.
Aos
participantes do estudo, foram mostradas fotos de 80 alimentos
diferentes, logo pela manhã. E foi feita a pergunta: "Como você
classificaria este alimento agora?". Eram quatro alternativas de
resposta: definitivamente não quero, simplesmente não quero, desejo ou
desejo muito. Os pesquisadores prometeram aos participantes que os dois
alimentos mais bem classificados seriam oferecidos após o teste.
Claramente,
segundo os pesquisadores, os alimentos de alto teor calórico foram os
preferidos após uma noite de sono mal dormida.
Segundo
um dos responsáveis pelo estudo, o professor Matthew Walker, da UC
Berkeley, o poder de escolha que nosso cérebro tem sobre a comida é
anulado pela falta de sono.
Quem nunca fez uma dieta e se sentiu extremamente
cansado no fim do dia? A exaustão pode ser evitada com uma boa noite de
sono, exercícios regulares e bom humor, mas a alimentação também é
importante para ter mais energia. O site Huffington Post listou cinco
dicas que podem dar mais ânimo no seu dia e vontade de continuar a
dieta. Confira a seguir.
Muito tempo sem comer: toda vez em que
você passa mais de duas horas sem comer, o açúcar no sangue cai e
prejudica a energia do corpo. Isso porque os alimentos abastecem o
organismo com glicose, um tipo de açúcar transportado na corrente
sanguínea. Nossas células usam glicose para transportar energia primária
do organismo, o trifosfato de adenosina (ATP). Seu cérebro, seus
músculos e todas as células do seu corpo precisam disso. Quando o açúcar
cai, suas células não têm energia primária para fazer ATP, o que pode
deixá-lo cansado, irritado, com fome e sem foco. Coma um pouco a cada
duas horas para manter o açúcar estável no sangue.
Pão branco no café da manhã: panquecas,
torradas, pão branco, muffin e carboidratos deste tipo são os inimigos
do café da manhã. Em vez disso, comece o dia com fibra solúvel,
encontrada em aveia e nozes. “Ela se dissolve no trato intestinal e cria
um filtro que retarda a absorção de gorduras”, explica David Katz,
fundador do Yale Prevention Research Center. Fazer um café da manhã
saudável evita picos de açúcar no sangue e falta de energia no final do
dia.
Comer os vegetais errados: na verdade,
não existem “vegetais errados”, mas alguns são mais indicados para dar
energia, como couve, brócolis, repolho e couve-flor. Isso porque eles
contêm isotiocianatos, composto que ativa a proteína Nrf2, que gera
mitocôndrias, parte das células responsável pela conversão de glicose em
ATP. “Quanto mais mitocôndrias você tem, melhor o seu rendimento
muscular e menor o cansaço”, explica Mladen Golubic, diretor médico do
Center for Lifestyle Medicine no Cleveland Clinic's Wellness Institute.
Evitar carne vermelha: se você opta por
uma alimentação vegetariana, tem um período menstrual intenso ou
consume muito café, provavelmente precisa de mais ferro na sua dieta. De
acordo com um estudo, 12% das mulheres com idade entre 20 e 49 anos
podem ter deficiência de ferro. “Se você passa por isso, pode fazer a
melhor dieta, mas vai continuar exausto”, disse Meridan Zerner,
nutricionista esportivo na Cooper Aerobics. As mulheres precisam de 18
mg de ferro por dia até os 51 anos e 8 mg após essa idade. A carne
bovina é a melhor fonte do nutriente. Além disse, acrescente alimentos
ricos em vitamina C, para conseguir absorver o ferro, e evite café e chá
uma hora depois de comer para não prejudicar sua absorção.
Cortar carboidratos radicalmente: um
estudo realizado pela Universidade de Tufts mostrou que as mulheres que
seguem uma dieta restritiva em carboidratos executam com mais
dificuldade tarefas que exigem boa memória em comparação com as demais.
Carboidratos ajudam o corpo a queimar gordura sem esgotar estoques
musculares de energia. A dieta ideal é de 50 a 55% de carboidratos, 20 a
24% de proteína e 24% de gordura. Carboidratos complexos fornecem
energia, enquanto proteína, gordura e fibras retardam o processo de
digestão.
Michelle Franzoni, autora do 'Blog da Mimis', mudou o corpo e o estilo de vida com reeducação alimentar e exercícios
Com uma barriga digna de capa de revista e pernas com
músculos definidos, Michelle Franzoni, de 35 anos, fica tímida ao posar
de short e top para as câmeras. “Tá tudo no lugar? Eu fico um pouco
desconfortável de short. É trauma de ex-gordinha, sabia?”, explica ela
durante uma sessão de fotos para o Terra. A insegurança tem um motivo que vem de um passado não muito distante: mesmo em boa forma, a autora do Blog da Mimis,
que virou sucesso entre quem busca dicas para perder peso na internet,
venceu a luta contra a balança após eliminar 33 kg em dez meses.
Em fotos recentes publicadas no Facebook e Instagram,
mal dá para imaginar que Michelle saltou de um manequim 48 para 38
entre setembro de 2011 e julho de 2012. Tanto que, ao começar o processo
de emagrecimento, nem ela acreditava que conquistaria curvas que
virariam estímulo para outras mulheres. “Quando eu comecei a dieta,
estava um pouco mais magra, com 98 kg, mas eu acredito que eu já tenha
pesado uns 105 kg. Eu falo que emagreci a partir dos 98 kg porque foi o
que eu pesei na balança. Agora eu tenho 65 kg para 1,70 m de altura”.
O segredo para os quilos a menos nada tem a ver –
acredite, não mesmo! - com shakes, dietas milagrosas, remédios ou
cirurgia plástica. Michelle apostou em uma dieta balanceada combinada
com exercícios, terapia e homeopatia para controlar a ansiedade e evitar
o efeito sanfona. “Eu sabia que podia emagrecer, tinha certeza, mas
sabia também que poderia voltar a engordar”, contou ela, que era
acostumada a ganhar alguns quilos no inverno e correr para a academia
três meses antes do verão, todos os anos.
Em entrevista para o Terra, ela explica
como surgiu a ideia de fazer um blog com dicas para perder peso,
detalha como foi o processo de emagrecimento e as mudanças na vida após
os 33 kg a menos. “O que deu resultado pra mim foi não pensar em
emagrecer, mas em mudar o estilo de vida”. Confira a seguir.
"Eu usava 48, então era muito difícil comprar roupa. Você muda o estilo, tem que usar bata, roupa larga, é muito ruim", contou
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Terra: Você sempre foi gordinha ou teve algum momento na vida em que começou a ganhar peso? Michelle Franzoni: Sempre
tive problema com a balança. Foi a vida inteira, desde criança. Eu
tinha um corpo normal, nada espetacular, mas todo inverno eu engordava
uns quilos e aí escondia embaixo da roupa, e no verão emagrecia um
pouquinho, mas sempre tive gordura localizada. Mesmo quando emagrecia,
nunca tive o corpo que tinha hoje. Olhava aquelas modelos, corpo de
revista, e achava irreal. Nunca almejei ter porque pra mim as pessoas
nasciam assim, né?
Mas aí tive problemas emocionais e de estresse e
engordei muito, mais de 30 kg em um ano. Foi muito rápido. Eu sempre fui
muito descolada e enturmada, mas naqueles três anos eu sumi porque eu
não me reconhecia. Sempre descontei minha ansiedade na comida, além de
que minha cultura alimentar familiar era muito forte. Ninguém liga e
fala “vamos dar uma volta?” ou “vamos passear?’. É sempre “vamos comer?
Vem aqui em casa, tem churrasco”. Então eu cresci no meio disso.
Quanto você pesava na época? Nessa
época eu não sabia nem quantos quilos eu estava, porque eu não me
pesava. Quando eu comecei a dieta, estava um pouco mais magra, com 98
kg, mas eu acredito que eu já tenha pesado uns 105 kg. Eu falo que
emagreci a partir dos 98 kg porque foi o que eu pesei na balança. Agora
eu tenho 65 kg para 1,70 de altura.
Qual a parte mais difícil dessa fase?
Nesses três anos que engordei muito foi muito ruim porque eu não me
reconhecia no espelho. Uma coisa eu acho que é a pessoa sempre ter sido
gorda e outra é a pessoa engordar de repente. Eu não me aceitava. Além
dos problemas que eu tive externos, o ganho de peso piorou tudo. Aí você
entra no ciclo: você tem um problema e come, aí você engorda e continua
com problema e come mais ainda. Aí virei aquela pessoa em um ano, que
eu pensava: ‘quem é essa?’. Não tirava fotos. As fotos que eu tenho da
época são durante uma viagem com a minha irmã. Eu batia foto dela e aí,
por insistência, eu deixava ela tirar algumas minhas
.
E quando você decidiu emagrecer? Eu
estava em Paris, no auge na banha, e comecei a emagrecer porque eu
caminhava muito. Embora não tivesse mudado a alimentação, fazia
exercícios. Quando eu cheguei no Brasil, me olhei e pensei “tô magra”.
Nunca tinha me pesado mais. Subi na balança e ainda estava com 92 kg. Aí
fiz uma dieta naquele meio tempo, fui para 85 kg, mas quando comecei a
fazer minha tese de doutorado voltou tudo.
A diferença é que eu não só emagreci, mas mudei meu estilo de vida.
Michelle Franzoni
Aí em 2011, eu e meu marido queríamos ter filho - a
gente ainda quer, mas agora vai ser adiado. Meu principal objetivo não
foi só emagrecer, mas eu queria ser a pessoa que eu era antes de
engordar. Nunca achei que pudesse ter o corpo melhor, só que eu queria
ter outro padrão alimentar. Eu queria ter filhos e dar pra minha família
nova uma outra cultura alimentar. Então esse foi o principal motivo. A
diferença é que eu não só emagreci, mas mudei meu estilo de vida.
Seu marido te acompanhou na dieta?
Ele entrou no ritmo também. Ele faz dieta para ganhar massa porque o
metabolismo dele é muito rápido. Ele é magro e não engorda de jeito
nenhum. Quando ele entrou na família era aquela comilança, mas aí eu
falei que não era isso o que eu queria. Queria uma vida saudável, correr
atrás das crianças, ter disposição. Hoje eu tenho 35 anos, não 20. Se
você já é obesa com 30/40 anos, que família vai ter?
Como foi o processo de emagrecimento?
Eu sabia que podia emagrecer, tinha certeza, mas sabia também que
poderia voltar a engordar. Aí a primeira coisa que eu fiz foi procurar
terapia para controlar a ansiedade. Sabia que meu problema era emocional
e se eu não cuidasse disso, ia engordar de novo. Aí eu faço
psicoterapia e na época também procurei uma médica homeopata para um
tratamento para controlar a ansiedade, mas não acreditava muito. Queria
fazer um tratamento natural e falei: “nem vou tomar remédio para não
mascarar”. Então pensei em fazer um tratamento homeopático pra ansiedade
e foi super legal. Funcionou muito.
Como era sua alimentação antes?
Antes eu acordava e não conseguia tomar café da manhã porque não tinha o
hábito e ficava enjoada. Só conseguia comer 1h30 ou 2h depois, um ou
dois pães brancos com queijo e presunto. No almoço era arroz, feijão,
carne e batata e o jantar era um repeteco do almoço. Nessa época também
não tinha nada integral na minha alimentação e eu não seguia a regra de
comer de três em três horas.
Hoje Michelle pesa 65 kg distribuídos em 1,70 m
Foto: Marcelo Pereira / Terra
E o que mudou na sua alimentação?
Eu sempre fiz dieta. Sabia fazer dieta. A gente não come certo porque
não quer, né? Eu nem precisava de uma nutricionista, mas pensei que era
mais um profissional que estaria ali, dando estímulo, e foi super legal.
O que mudou na alimentação foram os grãos integrais, as carnes magras,
mais legumes. Hoje meu prato tem muitos legumes, um carboidrato ou dois e
uma carne magra. Eu tirei toda a gordura e cozinho totalmente sem óleo.
Se eu usar óleo pra 1% das coisas que eu faço é muito. Acho que o
segredo é a escolha de alimentos. Na época de emagrecimento, ingeria
1.200 calorias por dia e fazia exercícios. E, claro, todo fim de semana
tinha direito a um doce e uma refeição livre. Já começava a segunda
pensando nisso, era um evento.
Quais exercícios você praticava? Eu
já tinha bicicleta em casa pra ir ao mercado e adorava andar. Eu ia no
médico de bike, no supermercado de bike, na academia de bike e hoje eu
faço isso tranquilamente. Pra pegar o carro é um tormento. No início,
quase 100 kg em cima da bicicleta era difícil, mas nos 10 primeiros dias
eu comecei a ver que minha disposição estava melhor e comecei a notar
resultado na balança.
Aí 15 dias depois de começar a dieta,
tomei coragem e fui para a academia fazer musculação. Foi duro. Tem
avaliação, roupa para comprar e toda aquela coisa, mas escolhi uma calça
preta, uma camiseta bem larga e fui. Sempre fiz exercícios, mas não com
frequência. Como meu corpo reage rápido, eu fazia três meses de
academia perto do verão, quando eu queria emagrecer aqueles quilinhos e
pronto.
Com que frequência você fazia exercícios na época de emagrecimento?
Como atividade física, eu comecei pedalando 40 minutos todos os dias.
Aí eu comecei a gostar e fui aumentando. No final da dieta mesmo eu
fazia 30 ou 40 km todos os dias em uma hora e meia ou duas horas. Junto
com isso, fazia um treino pesado na academia, cinco vezes por semana por
45 minutos. Mas eu não indico tudo isso, não precisa. Eu acho que se
pedalar 40 min a uma hora já é suficiente.
Quando você começou a notar diferença no corpo? Eu notava diferença de semana a semana. Nas primeiras semanas você perde líquido, então dá pra ver muita diferença.
Além de terapia e homeopatia, você fez algum tipo de massagem ou drenagem? Não. Na verdade, fiz drenagem por um mês e meio, mas só. Tudo foi com exercício e alimentação.
Você toma algum remédio ou suplemento?
As meninas se impressionam muito com a minha pele durinha e sempre
perguntam se eu tomo colágeno, mas não. Eu só tomo suplemento de
proteína.
E como você conseguiu “vencer” a flacidez?
A questão da pele eu atribuo à estética mesmo. O exercício ajuda? Pode
ser. Mas eu acho que é a genética. Minha família é toda assim. Minha mãe
é gordinha, mas tu não consegue beliscar ela de tão durinha. Eu era
assim, gordinha e durinha. É a densidade muscular mesmo. As pessoas
falam: “nossa, você tem 65 kg e é assim, mas eu tenho 65 kg e sou muito
gorda”. É a massa muscular. Por exemplo, as modelos magérrimas, se tu
pegar vai ver que é flácido. Aí tu pega uma pessoa que pega peso e é uma
diferença de consistência.
Michelle criou o blog após emagrecer, em setembro de 2012
Foto: Marcelo Pereira / Divulgação
Mas você fez lipoaspiração ou alguma outra cirurgia?
Não, até porque não tem jeito. Ela [lipoaspiração] tira gordura
localizada, mas não vai lipar a pessoa inteira. A única cirurgia que eu
fiz no processo foi colocar silicone. Eu tinha prótese nos seios já há
10 anos e como emagreci muito, nem isso adiantou. Aí eu aumentei um
pouco a prótese ano passado, pra 340 ml.
Você cortou alguma coisa do cardápio?
Não. Não deixo de comer nada que eu gosto. Adoro culinária, adoro
gastronomia. A gente frequenta restaurantes maravilhosos, eu vou lá e
peço, mas no outro dia eu compenso. Meu marido é gaúcho, antes a gente
fazia churrasco todo fim de semana, agora não é com a mesma frequência e
as carnes também mudaram. A gente faz uma fraldinha, um franguinho. Eu
adaptei tudo, churrasco, feijoada... Mas se eu vou num restaurante e
estou a fim de comer pato, que é gordo, eu como. Mas no outro dia vou
pedalar.
Qual foi a parte mais difícil do processo de emagrecimento?
Na primeira fase tu tem que recusar alguns convites, não tem jeito. Ou
tu tem que ter um autocontrole muito grande pra ir em tudo e não comer
nada. Mas mesmo assim as pessoas ficam te incentivando. As pessoas não
entendiam que eu não podia provar. Eu sabia que se eu comesse um
chocolate fora de hora eu ia querer mais. Hoje eu tenho controle, mas
antes eu não tinha.
E no seu blog você diz que não existe dieta
mágica ou shake emagrecedor, mas por algum momento você recorreu a essas
alternativas? Eu já tomei shake quando era muito
adolescente, mas sempre acreditei que a alimentação tem que ser
equilibrada. Gosto muito de cozinhar e acho que o segredo é adaptar
receitas. Ninguém consegue fazer dieta radical e viver de shake o ano
todo.
Você tinha celulite? A celulite
sumiu. Eu tinha bastante. Uma pessoa com 100 kg tem celulite em tudo. E
mesmo antes, sem ser gordinha, como eu sempre tive muita gordura aqui
embaixo, sempre tive bundão e coxão, a celulite sempre vem. Eu tinha
muita celulite na bunda porque é onde eu mais tinha gordura. O baixo
percentual de gordura diminui a celulite, a alimentação que tu faz
também. Eu noto que se eu for ficar menstruada ou comer alguma coisa
diferente, ela aparece. Celulite é alimentação e hormonal, mas o baixo
percentual de gordura fez com que elas sumissem.
E as estrias? As estrias continuam
nos mesmos lugares de sempre. Eu comecei a ter na adolescência, com
esse emagrece e engorda e elas seguem aí. Mas eu estou sempre
bronzeadinha e aí esconde.
Como é a dieta para manter o peso?
Da dieta de emagrecimento, o que muda pra hoje é a quantidade. Só. Não
tem nada diferente. Para manter eu ingeria 1.200 calorias e hoje posso
2.000. Hoje eu faço 1h30 de exercício quando eu pedalo, mas não passo
três horas na academia. Agora eu não pedalo mais tanto, não tenho mais
muito esse negócio de “eu tenho que pedalar”. Se não der, não deu. Eu
equilibro com a alimentação. Não que eu não coma besteira. Por exemplo,
se eu for num restaurante eu até como uma massa.
Para ficar com as medidas certas, modelos já ficaram dias à base só de abacaxi, sopa e até cortaram refeições inteiras
Levante a mão quem nunca entrou numa dieta maluca e se
arrependeu depois. Dieta da sopa, das proteínas ou simplesmente passar
fome. Se pobres mulheres mortais sofrem com o desejo de emagrecer,
imagine o que passam as modelos profissionais, que precisam estar com as
medidas perfeitas para trabalhar. O quadril não pode ultrapassar os 89
cm e, para desfilar em passarela, o limite é ainda mais reduzido: 87 cm.
Alcançar essas medidas é um desafio com muitas “pegadinhas”. Modelos
brasileiras contam ao Terra o que já passaram com regimes drásticos e como conseguiram emagrecer.
“Como sempre tive pernas grossas, no início da carreira,
para me manter com os quadris numa medida boa, já fiquei dias e dias
sem almoçar”, conta a baiana Mariana Sant´anna. O resultado? Fraqueza e
queda de pressão, além de quase desmaiar. Depois disso, Mariana optou
por reeducação alimentar e hoje tem os almejados 87 cm de quadril.
Ana Kreibich, de Santa Catarina, não chegou a desmaiar,
mas teve tendinite nos dois pés por causa de uma dieta extrema. Ela fez o
regime das proteínas e comia apenas verduras, legumes e pouco frango.
Ao mesmo tempo, caminhava em torno de três horas por dia. Com isso, ela
emagreceu cerca de 10 quilos em dois meses, mas, por falta de
nutrientes, ainda hoje sofre as consequências. “Não posso caminhar por
mais de 30 min consecutivos ou usar salto por muito tempo”, conta.
Bárbara Beluco teve enjoos e mau humor em apenas três dias de dieta das proteínas
Foto: Divulgação
A catarinense Bárbara Beluco também tem más lembranças
da dieta das proteínas. “E olha que só fiz por três dias”, conta
Bárbara, que já venceu a eleição “The Body” - nada mais nada menos que
“o corpo”, em português. “Passei mal, fiquei enjoada, sem energia, fora o
mau humor”, diz a modelo, que tem 89 cm de quadril e 60 cm de cintura.
O mau humor também tomou conta da modelo Patricia Beck,
de Santa Catarina, após uma dieta de apenas líquidos por cinco dias.
“Sentia fome o tempo inteiro”, conta. E mais: ela não teve o resultado
que esperava – recuperou todos os quilos quando voltou a uma rotina com
comidas sólidas.
Para a gaúcha Ana Paula Scopel, as piores dietas foram a
do abacaxi e a da sopa. “O abacaxi dá muitas aftas e mal-estar”, conta.
Mas o mal-estar da sopa não ficou atrás: “eu tomava sopa no café da
manhã, almoço e jantar. Ficava com muita vontade de mastigar algo, a
sopa não tinha sal, e o gosto era horrível”, diz Ana Paula, que só
conseguiu emagrecer com a dieta do tipo sanguíneo e hoje mantém seus 89
cm de quadril com o regime, comendo o que gosta.
O regime que funcionou para as modelos
Bárbara Beluco reduziu – veja bem, reduziu e não cortou - a quantidade
de carboidratos e gorduras que ingere todos os dias. Mas não bate uma
tentação? “Sim, todos os finais de semana (risos)”, disse. “E quando
estou no meu peso certo acabo comendo um chocolatinho, um cookie. Mas na
segunda já recomeço a dieta”, contou.
Quando deu a entrevista ao Terra,
Patricia Beck havia passado por uma loja de chocolates: “comprei um
monte, eu amo!”. A modelo também gosta de cozinhar e acompanha massas e
peixes que ela própria prepara com um bom vinho. Mas nada é tão simples
quando se trata de pesos e medidas. O truque de Patricia Beck para não
ultrapassar os 89 cm de quadril é atenção constante. “Se conseguir
cuidar todos os dias um pouquinho, não vai mais precisar de dietas
milagrosas”, disse.
Após ficar literalmente sem comer, Mariana Sant´anna não
só tem suas refeições, mas também come frutas entre elas. Atualmente, a
modelo é vegetariana e considera essa a melhor dieta. Sua lista de
restrições continua grande, porém é certamente mais saudável do que
ficar em jejum. Mariana cortou leite e ovo, evita farinha e toma
bastante suco com mel.
Já a dica de Celia Becker é comer bem quando precisa
gastar bastante energia e não ingerir carboidratos após as 18h. “Seu
corpo não vai precisar dessa energia”, afirma Celia. Mariana Sant´anna
dá um incentivo para a reeducação alimentar: “para todo esforço feito
nos aguarda a devida recompensa”, diz.
Max Freeman pesava 140 kg antes da cirurgia
Foto: Reprodução
Após perder o irmão em um acidente de moto durante a
adolescência, Max Freeman, de 42 anos, passou a usar a comida como
válvula de escape para aliviar a dor e a saudade. Com isso, chegou a
pesar 140 kg distribuídos em 1,52 m de altura, e passou anos fazendo
inúmeras dietas da moda para eliminar os quilos extras, mas não
conseguia se livrar do efeito-sanfona.
Mãe de dois filhos, Luke e Jack, ela se deu conta de que
estava muito acima do peso ideal quando os dois meninos não conseguiam
mais abraçá-la. "Meu peso estava realmente me deixando pra baixo e eu
queria estar por perto para ver meus filhos crescerem”, disse ela.
Foi então que procurou ajuda médica e decidiu se
submeter a cirurgia de redução do estômago em novembro de 2011. Em um
ano e meio, perdeu 70 kg. "Ambos os meus filhos podem colocar os braços
em volta de mim agora. É lindo. Espero ser um bom exemplo para eles”,
contou.
Hoje ela tem hábitos completamente diferentes: faz três
refeições principais por dia, com lanches saudáveis nos intervalos, e
leva seus filhos para praticar futebol bem cedinho. “Fiquei espantada
como meu corpo mudou rapidamente. Minha família tem me dado todo o apoio
e eu acho que meu irmão teria ficado orgulhoso de mim”, comemorou.
1. Faça um lanche saudável antes da festa, assim você evita comer tudo o que vê pela frente, mesmo sem estar com muita vontade.
2.
Preste atenção no que está comendo ou bebendo, pois com a animação,
geralmente perdemos a noção do que comemos, assim você terá mais
controle do que come na festa e principalmente irá se sentir satisfeito
com o que come.
3. Tenha prazer com cada escolha, saboreie deliciosamente, e não fique pensando na próxima porção que será servida.
4. O mais importante é concentrar-se no que consumiu, e não ficar pensando no que não consumiu.
5.
Não faça da comida a principal atração da festa. Divirta-se! Desvie o
seu foco da comida conhecendo pessoas novas, dançando e conversando.
6.
Se sentiu que comeu muito na festa, não inicie um jejum e nem fique se
sentindo culpado. A alimentação saudável não se resume a uma refeição,
assim só é necessário que faça escolhas mais saudáveis durante as outras
refeições.
7. Lembre-se que o álcool engorda mais que carboidrato ou proteína. Assim, se consumir, o faça com muita moderação.
Estudo da Universidade de Tel Aviv mostra que um bom desjejum contribui para redução da obesidade e das doenças associadas
Você tomou um bom café da manhã hoje? Mantém este hábito ou costuma pular a refeição, alegando falta de tempo?
Saiba
que para emagrecer ou simplesmente para se manter saudável, o café da
manhã é crucial. É o que diz uma pesquisa da Faculdade de Medicina e da
Unidade de Diabetes do Wolfson Medical Center, da Universidade de Tel
Aviv, capitaneada por Daniela Jakubowicz de Sackler. O estudo foi
publicado na revista Obesity.
O metabolismo,
segundo o estudo, é influenciado pelo ritmo circadiano do corpo - o
processo biológico que o corpo segue ao longo de um ciclo de 24 horas.
Portanto, a hora do dia que comemos pode ter um grande impacto na forma
como nosso corpo processa os alimentos.
Na
pesquisa, os participantes que comeram um bem servido café da manhã -
incluindo até mesmo um item de sobremesa, como um pedaço de bolo de
chocolate ou um biscoito - apresentaram níveis significativamente mais
baixos de insulina, glicose e triglicérides ao longo do dia,
traduzindo-se em um menor risco de doença cardiovascular, diabetes,
hipertensão e colesterol alto.
Os
pesquisadores selecionaram 93 mulheres obesas, aleatoriamente designadas
para um dos dois grupos isocalóricos. Cada um consumiu uma dieta
moderada em carboidratos, moderada em gordura, totalizando 1.400
calorias diárias por um período de 12 semanas. O primeiro grupo consumiu
700 calorias no café da manhã, 500 no almoço e 200 no jantar. O segundo
grupo consumiu um café da manhã de 200 calorias, 500 calorias almoço, e
jantar de 700 calorias. Os mesmo alimentos eram consumidos no café da
manhã do primeiro grupo e no jantar no segundo grupo.
Ao
final do estudo, os participantes do primeiro grupo tinham perdido uma
média de 8,07 quilos cada e três centímetros de cintura, em comparação
com 3,36 quilos e 1,4 centímetros do segundo grupo. As mulheres do
primeiro grupo ainda apresentaram níveis significativamente mais baixos
do hormônio que regula a fome (grelina), uma indicação de saciedade e
que leva a menos vontade de beliscar ao longo do dia. O grupo também
mostrou diminuição significativa nos níveis de insulina, glicose e
triglicérides. E não experimentou os altos picos nos níveis de glicose
no sangue, que normalmente ocorrem após uma refeição.
O
segundo grupo, embora tenha perdido peso, teve seus níveis de
triglicérides aumentados. Segundo a orientação dos pesquisadores, comer
na frente do computador ou da televisão, especialmente nos horários
noturnos, é um grande contribuinte para a epidemia de obesidade.
Dispositivo utilizado na boca ensina a comer devagar,
mastigar mais e – por isto – auxilia no emagrecimento e controle de peso. É
conhecido nos EUA como “DDS System” e teve acompanhamento – e liberação – da
FDA – Food and Drug Association. Também já foi objeto de artigo publicado pela
prestigiosa Obesity Research, uma referência em publicações científicas na área
de saúde e emagrecimento. É excelente para ser utilizado em conjunto com outros
regimes médicos de emagrecimento.
O percentual de brasileiros obesos é de cerca de 14 a 15%.
Aqueles que estão acima do peso normal já estão em torno de 46%. Estes dados
são do Ministério da Saúde e foram obtidos em conjunto com estudos da
Universidade de São Paulo, através de uma pesquisa específica (Pesquisa de
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas). A pesquisa
revela, também, que o sobrepeso atinge – atualmente – 51% dos homens e 42.3%
das mulheres.
Segundo o professor Gerson I. Köhler – docente convidado
de pós-graduação da UFPR, desde 1988 – entre os principais fatores que levam ao
aumento excessivo de peso estão o consumo predominante de alimentos
industrializados, o sedentarismo e – claro – os fatores genéticos
predisponentes. Pondera também o especialista que existem diversas estragégias
para promover uma perda progressiva de peso. Nesta área de tratamentos
normalizadores – nos quais é necessário citar a efetividade não somente de
dietas indicadas por nutrólogos, endocrinologistas e nutricionistas, mas também
de tratamentos farmacológicos e as cirurgias bariátricas – existe uma forma de
emagrecer progressivamente que é proporcionada pela área odontológica. São os
aparelhos intrabucais utilizados para – a um só tempo – reduzir a quantidade de
alimento ingerido (a cada bocado) e melhorar a qualidade da mastigação dos
alimentos. Mastigar corretamente parece ser algo tão básico, mas, infelizmente,
não costuma ser observado no cotidiano apressado das pessoas.
De acordo com Juarez Köhler, associado da equipe Köhler
Interdisciplinar, a utilização deste dispositivo intrabucal é prescrita para
diminuir a quantidade de alimento ingerido a cada bocado e exercitar uma
correta mastigação. A soma destas duas ações permite fazer com que, no tempo
necessário para a manifestação da saciedade (algo entre 15 e 20 minutos), seja
ingerida menor quantidade de comida e que esta seja corretamente processada
(bem mastigada) já a partir da boca.
Gerson I. Köhler explica, no entanto, que, para que a
perda progressiva de peso ocorra, é necessária uma mudança de comportamento,
que depende da força de vontade de cada pessoa. Estudos médicos realizados
recentemente na Holanda, na Universidade de Wageningen, mostraram que a relação
entre a velocidade da mastigação e a quantidade de calorias consumidas estão
diretamente relacionadas ao equilíbrio ponderal (ao controle do peso) das
pessoas.
“Quando a pessoa come devagar, colocando pequenas porções
de comida na boca e mastigando por mais tempo, ela pode reduzir
significativamente a ingestão de calorias e começar a emagrecer gradativamente”
afirma o odontologista que acrescenta que “comer rápido prejudica o mecanismo
da saciedade e faz com que se consuma mais alimento do que o necessário”.
De acordo com os especialistas da Köhler Interdisciplinar,
foi a partir deste conceito – de que a mastigação influi na saciedade – que
surgiram técnicas voltadas a reaprender a mastigar corretamente, auxiliadas
pela utilização de um dispositivo intrabucal que ajuda a efetivar esta mudança
comportamental na hora das refeições.
Segundo Juarez Köhler, este dispositivo é feito – de modo
personalizado para cada paciente – e se encaixa no palato. Algo semelhante a
outros dispositivos acrílicos usados em ortodontia, mas – aqui – com finalidade
completamente diferente: efetuar mudança comportamental na área da mastigação e
do controle da quantidade de comida ingerida. Este dispositivo – que não
aparece quando está colocado na boca – é utilizado apenas nas horas de
refeições para permitir não só uma correta mastigação mas também a redução da
ingestão (bocado a bocado) da quantidade de alimento.
“A importância do que o dispositivo intrabucal proporciona
está ligada ao fato de que o cérebro terá tempo de receber os estímulos
necessários para o envio da mensagem de saciedade no tempo certo” informa
Gerson Köhler, que acrescenta ainda ser o fato uma questão de formação de um
novo hábito de mastigação, fundamental para programas de saúde destinados
àqueles que estejam com peso excessivo e que queiram, progressivamente,
perdê-lo. O especialista finaliza, informando ainda que esta intervenção
odontológica – re-ensinar a correta mastigação – costuma ser efetuada, sempre,
em parceria com médicos (nutrólogos, endocrinologistas, metabologistas e
nutricionistas) da área de emagrecimento corporal.
Os especialistas – que utilizam a técnica para o
reaprendizado da correta mastigação – enfatizam que “a função do dispositivo
intrabucal é reeducar a função mastigatória do paciente, sem privá-lo do
bem-estar de sentir-se bem alimentado, pois a sensação de saciedade acontece
naturalmente, mas com menos ingestão de comida e de calorias”.
Nós ensinamos ‘como comer e como mastigar’ e não ‘o que
comer’. Esta questão – o que comer – é determinada pelos médicos ligados às
áreas de nutrologia, nutrição, metabologia e endocrinologia, enfatizam os
especialistas.
O dispositivo – que reeduca a mastigação – é confeccionado
de forma personalizada, observadas as características anatômicas e funcionais
da boca de cada paciente, após um rigoroso exame clínico/radiológico e criteriosa
anamnese.
Informa o professor Gerson I. Köhler, membro especialista
da ABOR – Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial, filiada
internacionalmente à World Association of Orthodontists – WFO – EUA – que o
aparelho intrabucal é removível, sendo apenas colocado na boca 15 minutos antes
das refeições (retirando-o assim que termine de comer), não sendo visível a
ninguém que esteja próximo à pessoa que o utiliza. Pode então, inclusive, ser
utilizado em refeições que façam parte de eventos sociais.
O especialista informa ainda que o dispositivo intrabucal
para retreinamento da mastigação ainda é uma novidade no Brasil, alertando que
o mesmo não deve ser utilizado indiscriminadamente. O aparelho, acrescenta o
Professor Köhler, faz parte de um tratamento por profissionais habilitados na
área odontológica e sempre em conjunto com médicos da área de nutrição e
controle de peso corporal. O tratamento segue um protocolo clínico e tem um
tempo determinado para que os efeitos ocorram, precisando contar com a adesão e
colaboração irrestritas do paciente, que terá que ter disciplina e persistência
para ver os resultados ocorrerem.
O assunto – complementam os especialistas que utilizam o
dispositivo retreinador da mastigação – tem sido objeto de pesquisas em
diversas partes do mundo. Além da Universidade de Wageningen, na Holanda, são
importantes as pesquisas do Pennington Biomedical Research Center e da
Louisiana State University (EUA). A pesquisa americana comprovou que o
dispositivo intrabucal (retreinador da mastigação) permite reduzir em cerca de
23% a ingestão de alimento, o que corresponde a aproximadamente cerca de 500
calorias a menos por refeição. O dispositivo é conhecido nos EUA como “DDS
System” e teve acompanhamento e liberação para uso pela FDA – Food and Drug
Association. Também já foi objeto de artigo publicado pela prestigiosa Obesity
Research, uma referência em publicações científicas na área da saúde voltada ao
controle do sobrepeso, à obesidade e às suas consequências altamente nocivas sobre
a saúde em geral.
Fontes:
- Gerson I. Köhler e Juarez F. W. Köhler são membros
especialistas da ABOR – Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial,
filiada internacionalmente à World Federation of Orthodontists – WFO – EUA
- Normalizing eating behavior reduces body weight and
improves gastrointestinal hormonal secretion in obese adolescents. J Clin
Endocrinol Metab. 2012 Feb